Existe um Brasil dentro do mesmo país, que apesar de ter o mesmo nome, pensa, sente, chora e luta de maneira diferente.
É o país dos resistentes! Dos artistas de boa fé, trabalhadores de consciência formada, gente que cultiva humanidade e respeita política como parte da história. Essa gente brasileira está em festa com o ouro de Fernanda Torres.
Uma distinta elegância na forma de compreender o alcance de uma vitória sobre os cacos de vidro que a Ditadura usou para ferir corações e memórias, circulou pelas telas dos cinemas, como filme denúncia de força e sobrevivência, com vozes e silêncios profundos.
A vitória reconhecida internacionalmente é um ponto poderoso para o Brasil feito de gente.
A arte cinematográfica salva o texto ou a interpretação da atriz salvou a história? É tudo junto, amalgama do fazer artístico!
Como parte do país que celebra a cultura como elemento de sobrevivência política e humanitária, nós também nos sentimos mais felizes com tudo o que essa vitória e este debate significam para a luta democrática.
Ninguém precisa entender a fundo de cinema para saber que a vida e a arte venceram juntas!
