Ueldison Alves
Em pleno século 15 um pensador chamado Nicolau Maquiavel escrevia seu livro mais famoso que perdura até os dias atuais, O PRÍNCIPE.
Maquiavel já entendia bem como funcionava a política e a sociedade para aquele período, para além, ele era muito próximo aos Bórgias, família importante e forte da Santa Sé.
Ao analisar toda a estrutura política e social, Maquiavel escreve em seu livro que: ” O príncipe deve fazer com que seu povo não o tema mas sim o respeite, pois esse é um dos tripés que o príncipe não poderá perder apoio”.
Que tripés eram esses para época, igreja, nobreza e o povo. Hoje qual é o tripé da sociedade contemporânea?! Óbvio: Partidos, mídias e o povo, mas vamos mais além.
A nobreza perdeu espaço para os ideais individuais, com foco para a liberdade de cada cidadão, viés este iluminista do século 17. Com o declínio da igreja no século 18 e o boom da segunda revolução industrial do século 19, a mídia tem um espaço jamais visto na história da humanidade.
Tanto os ideais iluministas e a mídia como sinônimo de progresso humano, fazem uma combinação perfeita substituindo o antigo tripé maquiavélico e na década de 50, Marshall McLuhan um estudioso profundo sobre as mídias, já falava qual a função e a importância da mídia, pessoas são levadas segundo ele a serem frias ou quentes.
Quando a mídia consegue mexer com o inconsciente das pessoas, os sentimentos são apurados, isso seria mídia quente, diferentemente das pessoas que não são tocadas.
E pelo o slogan do individualismo e a liberdade geral, começamos a difundir partidos e várias ideologias políticas.
Em principal a sociedade brasileira tem uma grande tendência a ser alienada ao governo seja qual for os lados e seguir como ovelhas obedientes sem questionar naquele governo eleito.
Em 1789 e 1917 foi uma demonstração da não obediência ao governo, a queda da monarquia, governo déspota, violento, mas quando o povo se levantou, não sobrou espaço para o governo, a queda foi inevitável, lembranças a Maquiavel novamente, rsrs.
Já no Brasil estamos muito distante desse despertar como fizeram os franceses e os russos.
A história brasileira é repleto de governos déspotas, não precisa colocar temor na cabeça da nação brasileira, continuamos nas marras do cabresto.
Como diz o slogan: “somos uma nação bondosa, de braços abertos”, mas digo que continuamos bestializados como já dizia José Murilo de Carvalho.