Conheci essa mulher na dor que nos une, embora em situações distintas. Dor de mãe consegue ser igual. Uma sempre vai saber o que a outra sente.
Ela é médica, eu sou professora, ambas trabalhamos com seres humanos, uma na manutenção da vida; a outra na qualificação. Ambas choramos a mesma tristeza pelo assassinato de um filho. O dela advogado, pecuarista, o meu um jovem de 16 anos, futuro por fazer.
Ambos jóias preciosas a compor o tesouro das nossas vidas!
Vidas esvaziadas, mas resistentes na luta.
Por isso estendo solidariedade à Doutora Helenilda Veloso Canales, que desabafando em rede social, despertou minha sensibilidade de mãe e ganhou meu apoio cidadã:
” Não entendo, como depois de matarem meu filho, que a maior perda que um ser humano pode ter, ainda tem gente que fica me ameaçando. Não entendo principalmente partindo de Palmeira, lugar onde vivi toda a minha vida do lado do bem. Como médica durante quase 50 anos, amenizei muito sofrimento, curei o que Deus permitiu, alegrei muitas famílias ajudando a vir a vida seus filhos, procurei dar o melhor de mim, dar amor e agora depois de matarem meu filho, que já me mataram também estão nos ameaçando, talvez até alguém que ajudei a vir a vida. Deus há de iluminar estas pessoas e verá que o caminho não é este. PAAAAZZZZ, AMOR E JUSTIÇA. É A MINHA META.”
