O livro “Bastidores da Violência (e dos violentos) em Alagoas” tem lutado bravamente para a quebra de um tabu, que representa também uma violência ideológica em nossa estado: a ideia de que todas os questionamentos sociais são artimanhas da oposição, são contra o governo!
Não é verdade, o livro não é contra o governo.
Quem abre suas páginas entende que ele, o livro, é a favor da vida. Apenas isso. Como consequência, aborda situações que envolve a sociedade em geral, inclusive, o Estado, o qual é identificado como mantene
No entanto, a sociedade civil organizada também é convocada a repensar suas práticas e avaliar consequências de posturas viciadas.
O cidadão comum não fica ausente do debate. Sociedade não se compõe apenas com autoridades constituídas e instituições, cada elemento tem funções e pode agir em prol das cuasas que prioriza, principalmente, as coletivas.
Por essa razão, desdigo a fala mesquinha que direciona uma discussão tão ampla, em apenas um sentido: o governo.
Acreditamos que, também o governo deveria ler as páginas que retratam os olhares das vítimas, para compreender melhor os caminhos truncados da assistência que precisa oferecer com efetividade, e não tem conseguido. As questões são múltiplas, emergenciais e públicas.
Esse livro modesto não tem outro objetivo, senão, abrir histórias de pessoas comuns, alagoanas, aos olhares de quem precisa ver melhor a dor que escorre em cascata de sangue e impunidade, sob o sustento da cultura opressora que alimenta as vaidades dos poderes em Alagoas.
Se você é simpatizante dessa luta, conheça nossas histórias e endosse o coro dos descontentes com a morte.