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Quatro histórias do sistema prisional (e do TJ) alagoano

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Acusado de roubo qualificado, o preso Zé Ninguém (blog não revelará identidade) ganhou pedido de direito de liberdade após passar sete meses na cadeia- preventivamente. Ou seja: sem julgamento. Foi condenado pelo crime, em novembro do ano passado, mas por ter cumprido parte da pena na cadeia, foi solto.

Edson Mateus da Silva, prefeito eleito de Santa Luzia do Norte, foi preso preventivamente em 15 de dezembro. Dia 1 de janeiro de 2017 saiu da cadeia para tomar posse como prefeito e voltou para a cadeia, o Quartel Geral do Corpo de Bombeiros. Transformou o quartel em extensão do seu gabinete da Prefeitura. Perdeu as regalias, após denúncias da imprensa.

Um mandado de prisão manteve Silva (parte do nome) na cadeia por cinco anos. Ele era acusado de homicídio. Foi solto no início de janeiro.

Entrevistado nesta segunda-feira (16), na TV Pajuçara, o presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Otávio Leão Praxedes, expôs números das prisões alagoanas:

  • O sistema comporta 7.100 presos;
  • 2.400 presos são provisórios;
  • 187 são mulheres.

Pediu mais recursos para contratação de pessoal.

Os calabouços de Alagoas não têm histórias tão diferentes de outras prisões da Idade Média, espalhadas por este Brasil nada cordial; que mais mata no mundo; e com a segunda maior população carcerária da Terra.

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