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Quando abrimos uma janela

Por escolha, não acredito que as migalhas caídas da mesa do poder, seja ele qual for, mate a fome. O que sacia é a conquista, o resultado da luta.

Avaliando nossa conjuntura alagoana, o chão no qual semeamos aquilo que esperamos colher, que precisamos comer, percebemos a lentidão dos processos oriundos do esforço próprio e a política de atração, como aquela sábia parábola da águia que alimentada no terreiro acreditou que era apenas galinha, traindo assim a originalidade da espécie, por alienação e acomodação.

Atenção! De onde vem aquilo que alimenta hoje tua subjetividade?
Isso definirá a força do teu nome na história da qual fazes parte. Se te deixares alimentar no alpendre da riqueza alheia estarás no rumo da engorda, desfalecerás na luta e serás um em milhões. Nada original por certo.

Sempre será possível burlar o sistema quando resolvemos acordar mais cedo, ler aquele livro que desafia nosso entendimento, arriscar aquele concurso que nos chamou a atenção, conversar uma tarde inteira com aquele amigo que fala de política, acima tudo, quando desafiamos os hábitos e abrimos novos atalhos.

Não somos convidados a compor as mesas floridas do sistema, mas podemos fazer mais do que aplaudir os que sentam nela.

Podemos cultivar nossas metas, incluir nelas alguém, abrir o diálogo para mais um e endossar um coletivo de bem-intencionados que desejam salvar a si mesmos e partilhar a esperança com todos os outros.
Claro que alguns ficarão insatisfeitos, podem até te ameaçar de demissão, mas aos poucos até a vida profissional vai ficando no centro das tuas próprias mãos, junto com todas as outras decisões. Isso é amadurecer, crescer e conquistar a plenitude de ser.

SOBRE O AUTOR

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