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Qual o tamanho da fome do Iplan? E para quê ele serve?

O Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano (Iplan) foi criado pela Prefeitura de Maceió com o argumento de costurar as discussões sobre o plano diretor.

Como este blog já disse (leia aqui) o plano não sairá este ano. Mas o instituto segue em atividade, gerando despesas e muita fome.

Terminou na semana passada o envio das propostas para buffets apresentarem seus cardápios ao instituto. Ganha quem oferecer o menor preço. Os estômagos do Iplan são exigentes: 1.500 coffee breaks, 520 pratos quentes, incluindo doces, salgados além de almoços.

Capacidade de alimentar um batalhão de 2.020 pessoas, custando R$ 46.460,00. Regabofe pago pelo contribuinte da rica Maceió cercada de miseráveis.

É um luxo escandaloso que até poderia ser justificado pelos resultados, até agora desconhecidos, do Iplan.

Mas se, afinal, o plano não vai ser apresentado em 2024, para que o gasto? Onde os relatórios periódicos- se existirem- mostrando os motivos que endossem buchos alimentados pelo contribuinte e as ideias em torno da cidade?

Enquanto isso, os mendigos avançam em Maceió, nas portas dos supermercados, debaixo de pontes, improvisando moradia nas praças. Gente bem alimentada tem a obrigação de movimentar propostas, ouvindo os invisíveis e dando-lhes dignidade.

E aos que associarem a mendicância apenas a vadiagem, lembrar que existem órgãos públicos absolutamente inúteis em Alagoas. Ou melhor: são cabides de emprego. Pode ser o caso do Iplan. O tempo dirá.

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