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Qual o perfil político que Alagoas precisa para superar a crise?

O estudo do professor-doutor Cícero Péricles, da UFAL, aponta que ano que vem a maior preocupação dos gestores alagoanos será com a pandemia. Há as medidas sanitárias, mas também a economia- o cenário que se avizinha- e a reação que deverá existir para restabelecer a “aparente normalidade” da economia.

Entre as sugestões, a prorrogação do auxílio emergencial; do Programa de Manutenção do Emprego e; o fortalecimento do que Péricles chama de “intervenção pública”: o SUS e um sistema de educação pública nos 3 níveis (federal, estadual e municipal).

Somente 11% da população alagoana (365 mil pessoas) têm plano de saúde. O restante está sob a alçada do SUS que conta com um exército de 5.900 agentes comunitários assistindo 76% da população (2,5 milhões de pessoas).

Todo este sistema deve, também, contar com o Bolsa Familia e o Benefício de Prestação Continuada. Mais os programas de “infraestrutura social, como saneamento, habitação e a universalização do acesso à energia elétrica, aliados aos programas de desenvolvimento econômico, como o microcrédito
produtivo urbano e rural, o crédito agrícola, as compras públicas da agricultura familiar, têm gerado impactos sociais positivos reconhecidos por inúmeros estudos acadêmicos e pelos organismos internacionais”.

A minha pergunta é: qual o perfil político teremos de ter hoje para que toda esta estrutura possa funcionar (ou continuar funcionando)?

Resposta: o perfil de quem defende o serviço público; uma bancada federal capaz de superar o provincianismo; governos conectados para além das divergências eleitorais.

A pergunta: temos, hoje, este perfil?

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