Odilon Rios
reporternordeste.com.br
É urgente a posição do governador Teotonio Vilela Filho (PSDB), sobre os últimos acontecimentos violentos na sociedade alagoana, e os três planos de segurança que, pelo visto, funcionam bem na Secretaria de Comunicação e nas agências de publicidade com faturamentos milionários.
É urgente porque três repórteres (dois da TV Pajuçara e um da Gazeta de Alagoas) estão sob ameaça de morte; urgente pelo assassinato do vereador Luiz Ferreira (PPS), um crime com digitais eleitorais, em uma região onde um dos aliados do governador- o vice-presidente da Assembleia Legislativa, deputado Antônio Albuquerque (PT do B)- protagonizou uma briga- quase uma guerra pública- com a prefeita de Anadia, Sânia Tereza (PT).
É urgente porque o comerciante Mário Augusto da Silva Guimarães Neto, assassinado com seis tiros de pistola na rua do Encanto, no Jacintinho, em 30 de agosto, foi enterrado como estelionatário porque em sua casa foram encontrados cartões de crédito. Dois detalhes: a vítima era comerciante, de passado humilde, tinha cartões de crédito de amigos para a compra em seu comércio- e pagamentos mensais- e, no dia do assassinato, os peritos pegavam as balas com as mãos, sem luvas.
Como se a cena do crime- e o próprio crime nem a vítima- de nada valessem.
Urgente a posição do governador ao recrudescimento da violência- e dos violentos. Até segunda-feira, à noite, Vilela não fez postar uma única nota- de repúdio- aos crimes de pistolagem que retornam a Alagoas na Agência Alagoas- o site que mostra o lado festivo da nossa miserabilidade.
E se não temos assaltos a bancos- como se vê no Sudeste ou no Sul- é porque o crime tem suas formas próprias de sofisticação. Atacam-se agências dos Correios- mais movimentadas e menos seguras- e com rotas de fuga facilitadas.
A violência em Alagoas não diminuiu. Aumentou o silêncio do governador, mais enfático em crimes de repercussão, hoje mais comedido como chefe do lugar mais violento do Brasil.