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Promotor quer ‘demissão sumária’ de motoristas e cobradores que aderirem greve dos ônibus

O promotor Marcus Rômulo defendeu, neste domingo- via twitter- a “demissão sumária” de todos os motoristas e cobrad0res de ônibus que aderirem a greve-provocada pelo Sindicato dos Transportadores Rodoviários de Alagoas (Sinttro/AL) para a próxima terça-feira (31).

“Incendiar a discussão com uma paralisação, justamente quando o valor da passagem vai diminuir! Soa a quê?”, perguntou.

Internautas apoiaram a medida o promotor. “Dá a impressão de que se está a serviço das empresas. Triste!”, disse Thiago Mendes; “Infelizmente, tudo acaba neles, os empresários.. Na verdade, os motoristas são os menos culpados”, afirmou Henrique Mousinho.

A greve foi decidida este final de semana pelo sindicato- no meio da discussão sobre a diminuição do valor da passagem.

Pressionado pelos empresários de ônibus, representado pela Transpal, o Sinttro/AL fez uma assembleia neste sábado e decidiu pela greve- para forçar a Justiça a recuar no corte do aumento da passagem de ônibus.

O Sinttro diz querer aumento nos salários e melhoria nas condições dos transportes urbanos.

Esta semana, a Justiça decidiu pela redução no valor da passagem de ônibus- de R$ 2,30 para R$ 2,10. A passagem foi reajustada em R$ 0,20 em fevereiro, após o desembargador Washington Luiz, do Tribunal de Justiça, acatar os argumentos dos empresários de ônibus- sobre os gastos com a frota e com os profissionais que trabalham no setor.

“Esse assunto estava entravado na garganta. Acho que é hora de a sociedade decidir regulamentar o transporte alternativo”, disse o promotor.

Há dois anos, o Ministério Público de Alagoas tenta obrigar a Prefeitura de Maceió a licitar o transporte de ônibus em Maceió. Há 20 anos, as mesmas empresas circulam pelas ruas da capital- sem abertura de concorrência pública para que outros empresários possam disputar linhas do setor de transportes.

A licitação do transporte urbano é uma das promessas da primeira campanha à eleição do prefeito Cícero Almeida (PEN) à chefia do Executivo da capital.

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