Ícone do site Repórter Nordeste

Presidencialismo gera corrupção, diz historiador

Odilon Rios
reporternordeste.com.br

Entrevistado pelo programa Frente a Frente, apresentado pela jornalista Goreti Lima, na TV Assembleia, o historiador e colunista do reporternordeste.com.br, Golbery Lessa, falou sobre a emancipação política de Alagoas e o desafio de muitas cidades do Estado que ainda convivem com os métodos do autoritarismo- longe da democracia.

“Em muitas cidades de Alagoas não temos sequer liberdade de expressão”, disse o historiador.

A entrevista foi na quinta-feira e transmitida pela TV Assembleia, canal 15, da Net.

“Não devemos desistir de Alagoas. Precisamos refazer o espaço público, questionar os direitos, propor projetos para este Estado com a sociedade civil”, disse Golbery.

“A proposta é que o alagoano não tenha timidez de se politizar, não tenha timidez de entrar na política, seja de qual forma for. Não é desistir, é fazer política, seja na rua, no prédio, nas associações de bairro, nos partidos políticos. Essa ideia de que nessa falência política o alagoano deve desistir da política, é uma proposta infértil. Se uma pessoa é honesta e grita, outra vai gritar e ser honesta também”, disse o historiador.

Para ele, o melhor sistema político- a ser adotado no Brasil- deveria ser o parlamentarismo.

“O presidencialismo brasileiro gera corrupção, alinha corrupção nos partidos. Veja Lula e também o Fernando Henrique Cardoso. Ambos eleitos pela maioria da população, mas não tiveram maioria no Congresso Nacional. Colocou-se um presidente que se imaginava ético, mas fez o loteamento dos ministérios para a base, isso para que o presidente não caísse. É o presidencialismo quem gera a corrupção. A ética tem de ser negociada para garantir a governabilidade”, disse o historiador.

“Com a Dilma, vemos exatamente esta situação”, disse.

De acordo com ele, “o PT, depois de ter transitado para o centro- tendendo a direita- criou um vazio na esquerda brasileira. Hoje o PT é um partido liberal, abriu-se um espaço para a renovação da esquerda fantástico”.

Sair da versão mobile