Na segunda-feira, 14, o
Broadcast Político
antecipou a articulação do DEM. Técnicos da bancada de oposição já redigiram uma ação popular por desvio de finalidade para garantir uma liminar na Justiça Federal e no Supremo Tribunal Federal (STF) que suspenda a nomeação do petista. O partido argumenta que a nomeação seria fraude à legislação, uma vez que a intenção seria “driblar” a competência dos órgãos do Judiciário e blindar Lula.
Aceitando um ministério, Lula ganha a prerrogativa de foro privilegiado. Na prática, isso significa que qualquer denúncia contra ele teria de ser avaliada pelo Supremo, e não pelo juiz Sergio Moro, considerado muito duro com os investigados da Lava Jato.
O líder do DEM, Pauderney Avelino (AM), classificou a eventual nomeação como um escárnio. “Isso é um tapa na cara da população brasileira”, avaliou.
Por meio de nota, Bueno disse que a possível nomeação de Lula vai transformar a presidente Dilma numa espécie de rainha da Inglaterra. “Na prática trata-se de uma renúncia branca. Dilma vai entregar seu mandato para um companheiro que está enrolado até o pescoço com a Justiça. Creio que se trata de uma manobra muito arriscada que, ao contrário do que os petistas pensam, terá um forte repúdio popular e pode acelerar ainda mais o processo de impeachment”, afirmou.