O Programa Provoca AÇÃO do dia 17/08 foi muito importante para mim pois consegui apreender muitas nuances do que acontece com a profissão do psicólogo em Alagoas.
Foi bom identificar por menores, linhas, traços e tipologias de pensamento que evidenciam a problemática política e ideológica que se esconde nos Sistemas Conselhos enquanto autarquia de representação profissional.
Isto é, as falas corajosas de Zaíra Mendonça, atual presidente do CRP-15 também deixou transparecer o cerco ideológico que se fecha nas estruturas da instituição e o medo do estigma, do descrédito e dos ataques da patrulha violenta da internet que é lugar comum aos “sábios” de Direita.
Gostaria de ressaltar, sobretudo, meu apreço aos posicionamentos de Zaíra e minha total solidariedade a ela e ao Conselho Regional de Psicologia de Alagoas devido aos posicionamentos militantes que resistem em seus espaços apesar das ofensivas conservadoras e de Direita.
No entanto, não deixo de me posicionar a favor da clareza ideológica e de expressão política do Conselho que não deveria jamais se submeter ao medo, mas que, sobretudo, deveria reconhecer seu protagonismo político em prol da categoria, que é classe trabalhadora.
Não podemos ser intransigentes, ou achar que uma instituição é “neutra” em suas estruturas e posicionamentos. O CRP-15, meu representante profissional e dos meus camaradas psicólogos trabalhadores (sejam autônomos ou não) é uma entidade de interesse dos trabalhadores da Psicologia, logo, deve entender seu “lugar” na luta de classes.
Distante das dissidências teóricas e das “briguinhas” pequeno-burguesas por abordagens e referenciais teóricos, consigo ver o caldo político que vai criar o sentido histórico do nosso desemprego e da falência de nossa inserção na sociedade como profissional relevante e valorizado.
Regozijo-me dos meus posicionamentos militantes e esquerdistas pois entendo que é nesta luta e nesta construção que emerge uma Psicologia significativa e revolucionária ou, ao meu modo, negarei a Psicologia como ciência burguesa que insiste em ser (ver Yamamoto, 1987).
Minha solidariedade ao Conselho é solidariedade de classe, minha adesão aos posicionamentos de Zaíra é um ato solidário entre trabalhadores de Psicologia.
Que este mês, que caracteriza nosso nascimento enquanto profissão, saudemos os nossos lutadores militantes e de esquerda, que ajudaram a criar os espaços que hoje muitos dos nossos companheiros ocupam.
Assista a entrevista completa, no canal Repórter Nordeste TV:
Saiba mais:
YAMAMOTO, O. H. A crise e as alternativas da Psicologia. São Paulo: Edicon, 1987.
Uma resposta
A psicologia é um placebo quando há militância dentro dela. O CFP corrompido, cujos representantes usam nosso dinheiro pra passear na Venezuela mostram que não se preocupam com as pessoas, e sim com as ideologias.