É natural a forma de manifestação do pai do estudante Fábio Acioli, após o julgamento que condenou os supostos assassinos do filho.
O pai duvida que os acusados sejam responsáveis pelo crime. Ele e a sociedade alagoana duvidam.
O caso Fábio Acioli desafiou, desde o princípio, as autoridades de segurança em Alagoas. Nomes foram ventilados, pessoas foram presas injustamente. E o nó do inquérito não foi desatado pelo Judiciário, apesar das diligências determinadas pelo juiz Geraldo Amorim.
A perseguição ao pai do estudante, via Ministério Público, para que ele dê explicações sobre a manifestação dele no julgamento é o elemento novo no processo Fábio Acioli. Punir o médico Paulo Medeiros por defender uma ideia mostra que a democracia é um penduricalho, desqualificando a vítima, transformando-a em algoz.
Por isso, solidariedade ao pai de Fábio Acioli. Também duvidamos que os julgados e condenados sejam culpados por um crime tão bárbaro e, estranhamente, impune.