Por que Gilmar Mendes recuou e leva julgamento de Collor ao plenário físico do STF?

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), inicialmente decidiu levar o julgamento do ex-presidente Fernando Collor ao plenário físico da Corte. Essa decisão foi motivada por um pedido de destaque, um mecanismo que interrompe julgamentos no plenário virtual e transfere o caso para o ambiente presencial. A intenção era permitir uma discussão mais aprofundada entre os ministros sobre a manutenção da prisão de Collor, condenado a oito anos e dez meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, em um caso relacionado à BR Distribuidora.

No entanto, Mendes recuou dessa decisão após a formação de uma maioria virtual favorável à prisão de Collor. Essa mudança de postura sinalizou o reconhecimento de que o julgamento já estava consolidado no ambiente virtual, tornando desnecessária a reanálise presencial. A decisão de manter o julgamento no plenário virtual também reflete a jurisprudência do STF, que tem rejeitado recursos considerados protelatórios, como os apresentados pela defesa de Collor.

Collor foi preso em Maceió, Alagoas, após a determinação do ministro Alexandre de Moraes, que considerou os recursos da defesa como tentativas de atrasar o cumprimento da pena. A prisão foi realizada pela Polícia Federal, e o ex-presidente permanece detido em uma cela individual na capital alagoana

.