O depoimento do defensor público Ricardo Melro à CPI da Braskem, marcado para o dia 20, é um dos mais interessantes da comissão que investiga o afundamento do solo em Maceió por causa da extração de sal-gema.
Por conhecer os detalhes das negociações, Melro defende o óbvio: um acordo justo aos injustiçados. E uma realocação digna a quem é penalizado por uma proposta financeira ridícula.
O óbvio ululante que o poder estabelecido e a força da grana que destrói coisas belas finge não alcançar.
O defensor quer que os bairros transformados em alvos da catástrofe virem um memorial, proibidos para novas construções ao sabor da especulação imobiliária.
Um avanço civilizatório a uma cidade acostumada a homenagear bundas-suja, falsas lideranças e assassinos.
