O presidente do TJ desembargador Fernando Tourinho assume o Governo nesta segunda, 13 de maio. Uma data com forte componente político: em 1888 a princesa Isabel decretou o fim, no papel, da escravidão. Sem indenização do Estado, escravizados foram arrastados para a miséria.
Alagoas é herdeira desta miséria. A prosperidade está apenas no enredo do guerreiro. A maioria das políticas de compensação é federal: bolsa família, cotas etc. Os programas locais têm impacto reduzido ou atendendo a uma demanda específica. Não são suficientes, portanto.
Fernando Tourinho preside o Judiciário. É para lá onde desaguam os resultados da cruel desigualdade: ações para pagamento de remédios, absorventes e fraldas, procura de leitos SUS para cirurgias ou tratamento de câncer entre elas.
Caro e cara leitor, eis o minino negado por um Estado tão rico e mantenedor da riqueza de uns poucos.
No pouco tempo que o desembargador estará à frente do Governo, podemos, enfim, acreditar que estes problemas virem soluções.
A decisão é política. E o presidente do TJ terá o poder nas mãos por algumas semanas.
Dá, sim, para acreditar.