A OAB de Alagoas virou uma bolha.
Dentro desta bolha, cabem as eleições para a presidência da Ordem.
Neste mundo particular, as tais “prerrogativas constitucionais” são resumidas a temas importantes:
– o advogado preso e que precisa de uma nota de apoio;
– o outro ofendido por um juiz buscando um “grito mais alto da Ordem”;
– uma sala refrigerada no fórum do Barro Duro para espantar o calor dos trópicos aos que mais sofrem dentro de ternos;
– a chance de uma Black Friday para pagar as anuidades atrasadas dos doutores com as contas apertadas.
A escolha para a Ordem ser assim é intencional: há interesses em vagas do TJ, TRFs, TREs, conselhos federais ou estaduais- ocupadas por advogados.
É a chance de buscar um ótimo salário, um jeton, um degrau para a escalada profissional.
Na OAB e em suas eleições, grupos buscam aliados, que ocupam cargos de prestígio na política, na Justiça, no Ministério Público, em Brasília ou Alagoas.
Daí as discussões na OAB alagoana serem o que são: nada de polêmica, nada de profundidade intelectual.
Tudo dentro das tais “prerrogativas constitucionais”.
A recompen$a vale a pena. Uma ampla discussão sobre a nossa democracia, por exemplo- é bobagem. A bolha da OAB não pode ser desconstruída.