Por quanto vender? Dicas para vender seu carro com valor acima da Tabela Fipe

Por quanto vender? Dicas para vender seu carro com valor acima da Tabela Fipe

Otavio Silva

Quando chega a hora de vender o carro, uma das principais dúvidas de todo o proprietário é: quanto cobrar pelo meu veículo? Antes de determinar um valor e ir até a consessionária, é importante conhecer algumas dicas e entender mais a respeito da Tabela Fipe.

Para tornar os processos de compra e venda de carros seminovos mais justos para o cliente e comprador e ainda auxiliar na precificação de seguros, foi criado a Tabela Fipe em 1973. Criado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, a ferramenta reúne os preços dos principais carros, motos e caminhões usados no país fazendo uma média para eliminar valores muito altos ou muito baixos no mercado.

Assim, o material apresenta uma média que é atualizada mensalmente, levando em conta aspectos como versão, motorização, ano e modelos dos veículos que aparecem no índice. Entretanto, a tabela fipe não pode ser o único recurso utilizado para a precificação do veículo, uma vez que os valores podem variar de automóvel para automóvel, em função da região, estado de conservação, cor, acessórios e qualquer outro fator que possa influenciar nas condições de oferta do veículo.

Além disso, os dados da tabela não contabilizam informações como a quilometragem, o estado do carro, nem a parte mecânica e design, que só podem ser avaliadas por um profissional que avalie as condições individuais do veículo.

Com isso em mente, o primeiro passo para definir o valor do seu carro é analisar como anda o mercado para o modelo que você pretende colocar a venda. Para isso é fundamental realizar buscas em sites de classificados, aplicativos e outras ferramentas capazes de apresentar características de veículos parecidas com o modelo que você pretende vender em: modelo, versão, ano, cor e quilometragem. Esses são alguns dos critérios avaliados no mercado na hora de precificar os automóveis para compra e venda de seminovos. Agora que você já conhece sobre como funciona o cálculo do valor e o indíce que classifica os valores médios, veja como você pode vender o seu carro com um preço acima do indicado na tabela fipe.

Estado de conservação 

Em primeiro lugar, a principal característica que vai determinar o valor de venda do veículo é o estado de conservação em que ele se encontra. Isso porque o que mais chama a atenção dos compradores é a estética do veículo, se ele aparenta estar novo. Mesmo assim o carro já foi usado anteriomente, por isso é comum apresentar riscos e pequenos defeitos, por isso vale a pena avaliar, se compensa o investimento em um serviço como o de martelinho de ouro ou se o gasto não vai interferir no ganho junto ao veículo. O ideal é ter uma rotina de manutenção da compra a revenda do veículo, que garanta a conservação do patrimonio. Para isso é importante preservar a pintura, fazer polimento a cada seis meses, higienizar o carro, além de outros cuidados básicos.

Região

Na hora de optar por vender o veículo, é importante considerar a questão da região. Em alguns estados, determinados tipos de automóveis tem mais aceitação do que outros, o que acaba interferindo na realização da venda. No Mato Grosso e no Mato Grosso do Sul, as picapes com cabine dupla tem um valor elevado, pelo perfil de consumidores daquela região. Ao mapear os lugares onde o veículo está mais popular, é possível mensurar o potencial de retorno que a venda pode gerar. Já para veículos de regiões com litoral, por exemplo, existe uma preocupação em relação a maresia e seu impacto na estrutura e aparência do veículo. Também existe outro fator de região que pode influenciar na venda que é a questão do emplacamento do veículo. Algumas lojas e concessionárias acabam por desvalorizar o carro dependendo da licença e das letras características de determinado estado do país.

Histórico do veículo 

Assim como imóveis, roupas, veículos também tem suas histórias e isso conta muito na hora da revenda. Carros que já tenham passado por algum tipo de colisão, com danos na estrutura, podem ser desvalorizados em até 8%. Outra questão importante é referente a quilometragem. A cada 10 mil quilometros rodados, o veículo perde 0,5% do seu valor. Outra questões também podem influenciar como leilões, roubos, furtos e outras ocorrêncis podem ter influência na hora da precificação. Leilões tem desvalorização de 9,2%, roubos e furtos tem 3,5% de desvalorização e demais ocorrências tem cerca de 6,9%.

Pontos positivos no valor

Agora que você já sabe o que pode desvalorizar um veículo, veja quais são caracrterísticas podem aumentar o valor dos carros usados a venda. Em um primeiro momento, os devidos cuidados com os itens mencionados acima como quilometragem, idade, integridade da estrutura e do motor, além de custo de manutenção e reposição das peças por si só já podem contar pontos positivos na hora de realizar a precificação do veículo. Em um segundo momento entra a questão das marcas, uma vez que alguns nomes são mais bem vistos no mercado do que os outros e entre eles estão a: Honda, Hyundai, Toyota, Chevrolet e Ford. Outro fator que pesa na revenda é a idade do veículo, uma vez que a cada ano o carro vai sofrendo uma desvalorização. Dados dos últimos anos revelam que veículos de 2018 tem cerca de 24% de desvalorização, 2017 tem 28% a menos, 2016 tem 36% a menos, 2015 tem 41% e assim por diante. Além disso problemas estruturais também tem impacto no cálculo. A cada 10 mil quilometros rodados, o carro sofre uma desvalorização de 0,5%, já o motor tem a desvalorização de 9%, e a estrutura num todo tem cerca de 8% de desvalorização. Já fatores com leilão contam 9,2% a menos, roubo e furto tem 3,5% a menos e demais ocorrências somam cerca de 6,9% no total a ser pago pelo veículo seminovo.

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