Polícia suspeita que jovem de 13 anos foi torturada e estuprada antes de morrer

A Polícia Civil suspeita que Kelly Cristina da Conceição, de 13 anos, tenha sido estuprada e torturada antes de ser kelly-certamorta a facadas e ter o corpo queimado, em Itaberaí, no noroeste goiano. A menina foi encontrada carbonizada em um matagal no último domingo (13). Um jovem de 18 anos e um adolescente, de 17, são suspeitos de cometer o crime.

“A forma como ela foi morta temos certeza, mas acreditamos que ela foi violentada antes. Porém, somente os laudos cadavéricos poderão confirmar essa hipótese”, disse ao G1a delegada Josy Alves de Souza Guimarães, responsável pelo caso.

O menor confessou o crime ao ser detido, na segunda-feira (14). Já o jovem, preso dois dias depois, nega ter cometido o homicídio. Porém, a polícia diz que há “fortes indícios” de que ele participou do crime.

“Pensávamos até então que o menor havia dado carona para a garota, mas tivemos acesso a câmeras de segurança que mostram ela subindo na moto deste jovem. Segundo apuramos, ele prometeu levá-la a uma festa, mas, na verdade, foi ao encontro do menor, onde cometeram o crime”, conta a delegada.

O rapaz pode responder por homicídio qualificado e ficar de 12 a 30 anos preso se for condenado. Já o menor pode ficar internado cumprindo medida socioeducativa por, no máximo, três anos.

Venda de celular
Assim como a família de Kelly já havia afirmado, a delegada disse que a menina estava usando drogas. Ela foi jurada de morte pelos suspeitos após vender o celular da própria mãe para eles sem que a mulher soubesse.

“Quando a mãe soube, foi até a casa deles para recuperar o aparelho. Como sabia que eles eram usuários de drogas, pediu auxílio ao Conselho Tutelar. No local, foram encontradas porções de drogas pertencentes à dupla, que foi levada para a delegacia. Depois disso, eles prometeram matar Kelly”, explica.

O padrasto da vítima, que não quis se identificar, afirmou ao G1 que tentou ajudar a enteada. “Ela usava drogas. Tentamos interná-la por várias vezes e não conseguimos”, disse.

Amiga da família, a funcionária pública Maria da Conceição da Silva, de 46 anos, afirmou que tentou uma vaga para a garota em várias clínicas, mas não teve sucesso.

“Eu liguei em quatro clínicas em Goiânia e uma em São Luís de Montes Belos. Porém, uma delas era particular e a família não tinha como pagar. Nas outras, era necessário que a mãe a acompanhasse, mas, como tem uma filha pequena, de 1 ano, não era possível”, lamenta.

Fonte: G1

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