Há 5 meses, o servente de pedreiro Jonas Seixas da Silva, de 37 anos, foi “sumido” pela polícia.
Na Grota do Cigano, em Maceió, Jonas foi abordado por policiais que, minutos antes e sem mandado, reviraram a casa atrás dele.
Disseram que tinham uma ordem de prisão. Mentira: a Justiça disse que não havia ordem nenhuma.
Na abordagem, Jonas foi arrastado para a viatura e ainda jogaram spray de pimenta nos olhos dele.
Desesperado, o servente pedia água, mas os policiais tinham um tratamento melhor para ele.
Saíram da grota com Jonas e aplicaram um chá de sumiço no servente de pedreiro.
Os policiais nem foram punidos nem a Corregedoria da PM alagoana tem se esforçado para dar respostas, a Secretaria Estadual de Direitos Humanos nada diz, o Ministério Público nada sabe.
Jonas Seixas é casado e tem dois filhos. Era o único que garantia o sustento financeiro da família. Hoje, a esposa depende da ajuda de amigos, conhecidos e vizinhos. Na pandemia tudo é mais difícil, até mesmo emprego e um lugar para deixar as crianças.
Jonas foi sumido pela polícia.
Há muitos Jonas que a polícia alagoana levou de casa e eles nunca voltaram.
O falso normal é fingir que estes Jonas são ninguém.
E são tratados deste jeito.