“O amor dá um jeito de fazer a gente feliz, do jeito que a gente merece”, escreveu a jovem poeta negra alagoana Giovana Lunetta.
Com sensibilidade acurada, ela retratou o que viu e sentiu na Parada Gay em um vídeo que agora circula nas redes sociais.
“Eu gosto de ver gente feliz, gosto das pessoas dançando sem vergonha de dançar, gosto dos olhares de compreensão, gosto de quem ama em público, gosto de quem se mostra mesmo quando é julgado da cabeça aos pés. Gosto de poder dizer: oi, essa aqui sou eu, eu não mereço menos que todo amor que houver nesta vida. Então me olhe como quiser, eu sou amada”, narra.
Veja o vídeo:
Alvo de perseguição judicial e política, a 21a Parada do Orgulho LGBTQIA+ ocorreu na tarde do último domingo (26/11), saindo da Orla de Ponta Verde, no Marco dos Corais, até o estacionamento de Jaraguá.
Jovens, idosos, crianças, mães e pais vivenciaram o momento de alegria em celebrar a diversidade.
“Tantas pessoas não tem o apoio dos pais, tanta gente já chorou em silêncio no quarto por não poder dividir a dor de um coração partido”, disse Giovana.
A jovem lançou em outubro o livro “O sol vem depois” pela editora independente “Taioba”.
Nas redes, ela escreve sobre sua obra:
“filho, te escrevi para o mundo. te lancei para ele porque confio em você. confio nas suas estruturas. confio nas suas nuances. nos seus temas. na sua história. te levei para a praia hoje pela primeira vez. areia, sol, azul. o mundo. você veio dali, você veio daqui. fica à vontade para desbravar o mundo, filhote 🤎 meu sol, meu sonho, meu amorzinho!”