5 dias após militares sumirem com Jonas Seixas da Silva, 32 anos, a PM faz operação na noite desta quarta-feora na Grota do Cigano- mesmo local onde Jonas foi posto em uma viatura para não mais aparecer. Jonas mora na grota com a esposa e um casal de filhos.
O clima é de terror entre os moradores. Advogados estão sendo contactados por moradores e a orientação é que tudo seja gravado para que abusos sejam denunciados ao comando da PM alagoana.
Os policiais procuravam Jonas. Instantes antes desta abordagem, os policiais invadiram a casa da esposa, às 16 horas. Ela havia voltado há pouco do trabalho. Sem ordem judicial, os militares diziam ter ordens para prender Jonas. Depois de mexer no guarda-roupa do casal e espalhar as roupas pelo quarto, os policiais foram embora e encontraram Jonas descendo a grota.
Ali, os militares jogaram spray de pimenta nos olhos dele e puseram na viatura. A esposa foi chamada às pressas. “Ele estava na mala gritando muito, com dor e batia na viatura para sair. ‘Tô passando mal, meus olhos ardem muito’, dizia. Ele pedia água e eles mandavam ele calar a boca”, descreve.
Os militares não permitiram que a mulher acompanhasse o marido na viatura. Diziam que ele seria levado para a delegacia. “Cheguei na delegacia e a viatura não apareceu. Fui a outras delegacias. Nada”. E não apareceu mais.
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