A Polícia Federal investiga o vazamento de eteno no Km 425, em duto da Braskem localizado próximo ao canavial entre as fazendas Furado e Tibiriçá, na cidade de São Miguel dos Campos (Alagoas).
O dano foi de aproximadamente 2 metros de extensão.
Segundo a empresa, o vazamento aconteceu em 22 de julho do ano passado e avisado à central de comunicação às 10h25. O Instituto do Meio Ambiente (IMA) recebeu o aviso no mesmo dia e através de ofício, protocolado em 23 de julho.
Não houve feridos.
Tanto a empresa quanto o instituto não tornaram o caso público.
Segundo o IMA: “Sobre o vazamento em duto da Braskem, em São Miguel dos Campos, em julho de 2023, o Instituto do Meio Ambiente do Estado de Alagoas (IMA-AL) informa que o órgão adotou todas as medidas administrativas cabíveis à ocorrência e que autuou a empresa. Esclarece também que a Braskem acionou o plano de atendimento de emergência para controle e mitigação de possíveis impactos ambientais. O IMA segue com as ações de monitoramento e fiscalização no sentido de garantir o cumprimento da legislação ambiental no estado de Alagoas”.
Em 5 de fevereiro, às 12hs23, a presidência do IMA encaminhou documentos solicitados pela Delegacia de Repressão a Crimes contra o Meio Ambiente, da PF, para embasar uma investigação criminal.
A PF confirmou o recebimento dos documentos no mesmo dia 5/2, às 13hs39.
DETALHES
Segundo relatório da Braskem, enviado ao IMA que encaminhou à PF, um morador da área próxima ao vazamento avisou da ocorrência. A Braskem informou que acionou um plano de emergência, vinculado aos protocolos da empresa, isolando as estações V-17 e V-18 para acessar e realizar a manutenção do duto.
O eteno, informa a Braskem, é uma gás liquefeito e foi volatizado imediatamente para a atmosfera, sem impacto nos rios ou solo nem reclamações sobre desdobramentos.
Os reparos duraram 11 dias (22/07 a 02/08 de 2023), incluindo escavação do local (para acesso ao trecho do duto danificado), substituição de 30 metros do duto, reparo com revestimento, reaterro e monitoramento.
O relatório da Braskem não informa o motivo do rompimento.
Em 31 de outubro do ano passado- três meses após o acidente em Alagoas- houve um desastre no Polo Industrial de Camaçari, na região metropolitana de Salvador, em uma área da Braskem. Houve vazamento de eteno, o produto pegou fogo e um trabalhador teve a perna queimada.
