Repórter Nordeste

Pesquisadores dos EUA descobrem os sinais do autismo em bebês

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O transtorno do espectro autista pode ser causado por uma variedade de fatores genéticos e ambientais, que afetam de formas e intensidades distintas a personalidade e o desenvolvimento cognitivo. Esse quebra-cabeça pode ter uma peça importante justamente na mente das crianças, onde alguns sinais do autismo se tornam visíveis já nos primeiros meses de vida. A afirmação é de pesquisadores dos EUA que examinaram o desenvolvimento do cérebro de 55 bebês, sendo 10 autistas. Além do comportamento típico do distúrbio, as crianças com autismo tinham o cérebro maior e um volume mais expressivo de líquido cefalorraquidiano (LCR).

Das crianças participantes do estudo, cujos resultados foram publicados na revista Brain, 33 foram concebidas por mulheres que já haviam tido filhos autistas (o risco da síndrome é 20 vezes maior em famílias com o histórico do problema). O grupo do Mind Institute, da Universidade da Califórnia, combinou imagens de ressonância magnética com testes psicológicos para avaliar os bebês. As crianças foram submetidas aos exames entre os 6 e os 9 meses de idade, e, do 12º ao 15º mês. Elas voltaram para exames entre 1 ano e meio e 2 anos, além de serem submetidas a testes tradicionais de comportamento até os 3 anos.

O estudo revelou que oito delas apresentaram um volume incomum no cérebro e no líquido que o protege. A maior diferença na quantidade de líquor foi detectada logo depois do primeiro aniversário dos participantes, que tinham, em média, 33% mais líquido na cabeça. Quanto mais fluido cerebral, mais graves eram os sintomas do distúrbio diagnosticado posteriormente. Antes do segundo ano de idade, os autistas tinham o cérebro 7% maior.

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