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Pesquisador diz serem mínimas as chances de grande impacto de asteroides com a Terra

JC Online

Apesar do susto causado pela queda do meteorito na região dos Montes Urais, na Rússia, e a espera pela passagem de um asteroide próximo à Terra ainda nesta sexta-feira (15), população não deve se alarmar. Segundo Alexandre Evangelista, coordenador do Observatório Astronômico do Alto da Sé, a probabilidade de um grande corpo celeste se chocar com a Terra é mínima.

Segundo o pesquisador, choques de pequenos corpos celestes com a atmosfera terrestre são comuns, mas inofensivos. Ao atravessar as várias camadas que envolvem a Terra esses corpos muitas vezes se desintegram e não causam danos ao alcançar o solo.

As chances de uma catástrofe ficam ainda menores quando se considera o fato de a maior parte da superfície do planeta ser coberta de água. O que aconteceu na Rússia nesta sexta, no entanto, chama a atenção de Alexandre por se tratar de uma área povoada.

Em 1908, uma grande região da Sibéria, também na Rússia, foi atingida por corpos celestes no que ficou conhecido por Evento de Tunguska, causando estragos a vários quilômetros da região de impacto. Como a área não era habitada, os estragos foram de menor proporção.

Para a comunidade científica, os resíduos do meteoritos ajudam em pesquisas sobre o universo. “São feitas pesquisas sobre a composição (do corpo celeste), a idade, se ele tem relação com a formação do Sistema Solar”, explica Evangelista.

Para o pesquisador, o forte rastro de fumaça no céu deixado pelo meteorito já dá sinais de sua composição. “Quando é formado por metal, deixa pouco rastro. Se for material mais volátil, como magnésio, ele evapora muito rápido, por isso a fumaça”, diz.

O clarão registrado nas imagens e os estragos causados com a queda são resultado do impacto com o ar e a atmosfera do planeta. “Tudo que gera calor, gera também luminosidade”, afirma Evangelista. Mas a proporção do impacto e da luminosidade variam de acordo com a sua composição.

ROTA – Além do asteroide 2012 DA 14, que deve passar a 27.000 km da Terra nesta sexta, Alexandre Evangelista lembra que o planeta ainda está na rota de outro corpo celeste: o Apophis, que deve passar em 2027. Segundo o pesquisador, o próximo asteróide é ainda maior que o 2012 DA 14 – que tem 130 mil toneladas – e deve passar ainda mais perto da Terra. Se sua rota não for alterada, ele deve voltar dez anos depois, ainda mais próximo.

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