Os números do Paraná Pesquisa abrem chance para um grupo de oposição ao prefeito JHC.
Mas não é uma oposição radicalmente diferente, não é um embate entre esquerda e direita.
Jota e Gaspar são ambos de direita e eleitores de Jair Bolsonaro. O deputado faz a defesa de um discurso mais bélico, xerifesco, conectando as ideias do ex-presidente e os restos do lavajatismo, de Sérgio Moro.
O prefeito é mais contido nessas opiniões e evita (ou não é provocado) em pontos de vista nacionais. O que pensa do governo Lula, por exemplo? Qual a sua opinião sobre os atos golpistas de 8 de janeiro?
Ainda não vimos o prefeito mostrar a cara.
Fato é que nem Jota nem Alfredo são grandes lideranças em Alagoas. Os dois precisam decidir em qual grupo político vão se encaixar: o do presidente da Câmara Arthur Lira ou do senador Renan Calheiros.
JHC percorre Alagoas levando o seu recado: é candidato a governador daqui a quatro anos. Mas está muito distante de liderar, ele mesmo, uma composição eleitoral.
É o que também acontece com Alfredo Gaspar de Mendonça.
E veio o Paraná Pesquisas mostrando a ampla vantagem do prefeito.
A economia criativa vem dando resultados. Ainda que muito desiguais, os ganhos do setor produtivo até a outra ponta, os trabalhadores informais, mexem no cenário da capital.
O turismo sol e mar lota os hotéis da orla. Mas isso não significa que o dinheiro circula por toda a cidade. Significa que pouca gente comemora a fartura.
Dirigentes lojistas pedem mais atenção ao Centro; a rede de atenção básica na saúde segue precária.
Aliás, a secretária de Saúde Célia Fernandes pediu, na conferência municipal de Saúde, que as pessoas acreditassem mais em Deus.
Irônico, em meio a tantas reclamações.
Nitroglicerina pura para os palacistas usarem como quiserem.
