PE: Policiais civis entram em estado de greve

Os policiais civis de Pernambuco decretaram estado de greve nesta terça-feira (17), após assembleia na sede do Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol), em Santo Amaro, no Recife. O Instituto de Identificação Tavares Buril (ITB) também aderiu à paralisação. A partir da próxima segunda-feira (23), as delegacias funcionarão com efetivo reduzido a 30%, o mínimo constitucional designado para serviços essenciais. O Instituto de Medicina Legal (IML) vai continuar suas atividades normalmente. No próximo dia 26, está agendado um novo encontro para avaliar a manifestação.

As informações são do Diário de Pernambuco.

De acordo com a categoria, os flagrantes serão realizados, assim como visitas aos locais de crimes, nas delegacias de Casa Amarela, Cordeiro, Boa Viagem, Paulista, Prazeres, Olinda, Santo Amaro e Várzea. Não haverá, porém, registros de boletins de ocorrência, investigações, ouvidas de testemunhas e execução de mandados de prisão.

Cerca de 600 policiais compareceram à assembleia e se manifestaram a favor da paralisação. Eles reivindicam, entre outros pontos, equiparação salarial com outros estados do país, melhorias das condições de trabalho, pagamento de adicional noturno e pagamento de vale refeição. Pernambuco tem o 20º pior salário de policiais do país.

O presidente do Sinpol, Cláudio Marinho, afirmou que os policiais civis tentaram “por todos os meios” evitar a deflagração da greve. “Fizemos várias reuniões, duas paralisações, uma caminhada e tentamos conversar com o Governo, mas eles não nos ouviram e a insatisfação culminou nesta assembleia.”

Questionado sobre as ações do Pacto Pela Vida, uma das principais bandeiras da gestão de Eduardo Campos, Marinho respondeu que o governo não reconheceu os esforços dos policiais civis no combate às mortes violentas no estado. “Eles têm controle da produtividade de cada um. Nós trabalhamos muito duro cada dia e driblamos vários problemas estruturais, como delegacias caindo aos pedaços e falta de material, de viatura, etc. Mesmo assim, quando pedimos mudanças, elas não aconteceram”, desabafou.

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