PC ouve testemunhas de morte de família nesta 5ª

A Polícia Civil começa nesta quinta-feira a ouvir testemunhas e parentes da família que morreu carbonizada, na madrugada, no Conjunto Jardim Petrópolis II, no bairro do Tabuleiro dos Martins.

Segundo os primeiros levantamentos, o incêndio começou da cozinha do imóvel e se alastrou pela casa.

Jairo Lacerda Guerra, 35 anos, Maria Severina da Silva, 32 anos, e o pequeno Gabriel Arthur Lacerda da Silva, 8 anos, foram encontrados mortos dentro de um dos quartos da casa. Antes de morrer, a criança gritou pedindo socorro, mas os vizinhos não conseguiram ajudar.

A tragédia aconteceu por volta de 1h, quando a vizinhança foi acordada pelo barulho da casa sendo destruída pelas chamas. Alguns chegaram a ouvir os gritos do pequeno Gabriel, que pedia ajuda enquanto o fogo se alastrava rapidamente pelo imóvel. Diante da cena de destruição, o filho da dona de casa Elza dos Santos, 37 anos, não pensou duas vezes em tentar ajudar. Com um pedaço de madeira, ele arrombou a porta de entrada da casa, mas já era tarde demais, e o fogo já tomava conta de todo o imóvel.

“Ele chegou a arrombar a porta, mas não teve como entrar, porque o fogo já estava chegando à sala. Não tínhamos o que fazer a não ser esperar a chegada do Corpo de Bombeiros. Eles vieram rápido, mas a família toda já estava morta. Foi uma noite de terror”, lamenta Elza.

Uma das linhas de investigação é a separação do casal, confirmada pela única irmã de Jairo, Jadirlane Lacerda, 31 anos, que esteve, acompanhada da mãe e de um casal de amigos, no Instituto Médico Legal (IML) de Maceió na manhã de ontem. Segundo Jardilane, Maria Severina e Jairo moravam juntos há cerca de 10 anos. De um tempo pra cá, eles começaram a se desentender e, próximo ao Natal do ano passado, ele resolveu sair de casa.

“Eu não estava tendo muito contato com o meu irmão, mas eles estavam separados, sim. O que eu sei é que o Jairo chegou na casa onde ela estava morando com o Gabriel por volta das 19h e que ela não aceitava a separação”, relatou Jadirlane, em meio ao choro desesperado da mãe, que perguntava pelo neto.

Os corpos das vítimas ficaram totalmente carbonizados e devem ser levados para o IML de Arapiraca somente nesta quinta-feira. Ontem, a família de Jairo estava providenciando o batistério dele, já que os outros documentos não foram encontrados e devem ter sido destruídos pelo fogo. Até a manhã de ontem, nenhum familiar de Maria Severina havia comparecido ao IML de Maceió para providenciar a documentação e, consequentemente, agilizar a liberação do corpo para sepultamento.

As informações são da Gazeta de Alagoas, com agências

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