Ladeado por petistas históricos (menos Thomáz Beltrão e Joaquim Brito), o deputado federal Paulo Fernando dos Santos, o Paulão (PT), descartou que exista articulação de Michel Temer ou de Renan Calheiros em não apoiar a era Dilma Rousseff, que sofreu duro golpe: a coerção coercitiva de Lula em depoimento na 24ª fase da Operação Lava Jato.
Em entrevista coletiva na tarde desta sexta-feira, 4, Paulão seguiu o script de Lula, que horas depois fez pronunciamento atacando a Polícia Federal.
“Ele foi vítima de sequestro”, disse Paulão. Reproduzia declaração do ex-presidente da OAB do Rio, o deputado federal e advogado Wadih Damous (PT-RJ) sobre Lula.
“Não vão atrás do tríplex da família Marinho”, referia-se à mansão de veraneio dos donos da Rede Globo, em Paraty, alvo de investigação do Ministério Público Federal mas em velocidade bem menor que a Lava Jato.
“Não falam do avião que transportava cocaína”, assunto que envolve o senador Aécio Neves (PSDB), os Perrellas, e os aliados nevistas em Minas.
Citou ainda FHC, criticou as delações premiadas…
Paulão é o primeiro integrante da bancada federal a se posicionar sobre as novas rotas da Operação Lava Jato.
O restante optou pelo silêncio.