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Passagem mais cara e frota ‘velha e suja’ entre Maceió e Marechal

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Moradores de Marechal Deodoro- e principalmente estudantes do Instituto Federal de Alagoas (Ifal) da cidade e que moram em Maceió- estão perdendo uma garantia constitucional: o direito de ir e vir, sempre lembrado quando ruas são fechadas em protestos, mas agora eles estão sendo impedidos de sair da capital para estudar na terra onde nasceu o proclamador da República.

Problema é que desde novembro do ano passado se espera uma posição da Agência Reguladora dos Serviços Públicos do Estado de Alagoas (Arsal) sobre o transporte entre as duas cidades, distantes apenas 31 quilômetros, porém com apenas cinco ônibus de uma única empresa- a Real Alagoas- mais 39 vans ou micro ônibus- o “transporte complementar”.

Horários não são cumpridos (apenas a Real Alagoas alega fazê-lo, abastecendo a cidade de uma em uma hora com seus ônibus), apesar da frota ser elogiada; as vans têm uma frota “velha e suja” (apesar da fiscalização da Arsal).

Certo mesmo é o valor da passagem, reajustada em novembro de 2015 (passou de R$ 3,00 para R$ 3,50) e, dois meses depois, novo reajuste (R$ 3,50 para R$ 4,00).

De março de 2014 a 13 de fevereiro de 2016 a passagem aumentou 60%.

Quem mora na parte alta de Maceió precisa de quatro transportes por dia: dois para ir e mais dois para voltar. Paga R$ 14,30/dia. Por mês, R$ 286,00.

A Real Alagoas tinha oito ônibus entre Maceió e Marechal. Cortou três. À noite  são apenas dois: chega às 18hs40 em Marechal e sai às 22 horas.

A Arsal- alegam cópias de ofícios e um relatório do Ifal ao qual o blog teve acesso- prometeu licitação do transporte entre Maceió e Marechal.

Não saiu do papel.

Prometeu, em 28 de março, na reunião com o promotor Sílvio Azevedo, do Ministério Público Estadual, elaborar um estudo técnico e apresentar para a comunidade até o dia 11 de abril.

Hoje, 15 de abril, não apresentou nada.

Pediu-se ainda transporte integrado e mais barato.

Queixa ainda não atendida.

O blog contactou a assessoria da Arsal às 22hs18. Informou do caso e combinou que, se quisesse responder ao repórter, seria ofertado mesmo espaço e destaque para a resposta, que, aliás, interessa a todos.

Gentilmente, a assessoria disse que repassaria o assunto para a direção da agência.

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