Para derrotar tucanos, Rosinha da Adefal é a bola da vez da dupla Collor-Renan

Fenômeno de votos e primeira cadeirante mulher na política alagoana assusta Governo, que promete levar disputa ao segundo turno, em Maceió

O carnaval reserva o inesperado no xadrez político alagoano: a separação (política) do líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros, e o senador Fernando Collor (PTB); a aproximação de Calheiros e o governador Teotonio Vilela Filho (PSDB)- apesar da negativa do chefe do Executivo; as articulações para 2012, que estão sendo fechadas durantes as festas de Momo até a Quarta-Feira de Cinzas. E toda uma bancada federal mobilizada em busca de um lado: o do mais forte, nas articulações do xadrez.

E a jogada mais recente envolve o deputado federal João Lyra (PSD). Apoiado em pesquisa, ele deve lançar a deputada federal Rosinha da Adefal (PT do B) à Prefeitura de Maceió. A primeira mulher cadeirante a ocupar a Câmara Federal, fenômeno de votos em Maceió, tem hoje os apoios de Lyra, do prefeito Cícero Almeida (PP) e os partidos da base aliada da presidente Dilma Rousseff. Leia-se: o PT de Alagoas. E o PMDB, de Calheiros- que tem dois palanques para pisar em Alagoas, incluindo o do ex-governador Ronaldo Lessa (PDT)- virtual candidato a prefeito de Maceió.

Rosinha da Adefal, aliás, é tratada- pelos integrantes do QG colorido- como a única candidata, em Maceió, capaz de unir Almeida e Collor. Isso por ela ter chances de se eleger à Prefeitura: tem, sob seu comando, a Associação dos Deficientes de Alagoas (Adefal)- poderoso celeiro eleitoral- que já elegeu à Câmara de Vereadores e à Câmara Federal, Gerônimo da Adefal, morto em 2006, meses depois de assumir a cadeira em Brasília.

O quadro eleitoral não está fechado, mas os sinais indicam que muito das tratativas ficou concluído. Exemplo é Renan Calheiros, que não passará as festas em Alagoas (pelo menos era o que estava definido até terça), mas em Brasília. Desde o início do ano, costurou as articulações locais do sertão- o desembargador Washington Luiz Damasceno Freitas, o prefeito de Delmiro, Lula Cabeleira, o ex-presidente da Assembleia Legislativa, Celso Luiz; litoral: prefeito Cícero Cavalcante- Matriz de Camaragibe, São Luiz do Quitunde- Marcos Madeira- Maragogi.

Outro dado fechado: JL não será candidato a prefeito. Se o fosse- diz o QG de Collor-seria “anunciado” pelo afilhado,  o prefeito Cícero Almeida.

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