Jair Bolsonaro liga o governador da Bahia, Rui Costa, e o partido dele (PT) na execução de Adriano da Nóbrega, ex-Bope, que era ligado aos Bolsonaro.
Nóbrega foi abatido num cerco policial na semana passada em Esplanada, a 160 km de Salvador.
Segundo a revista Veja, com base nas primeiras investigações sobre o caso, Nóbrega foi torturado antes de morrer. E há tiros disparados próximos ao miliciano.
Voltando ao presidente: para chegar à conclusão de que a morte do ex-Bope e apontado como miliciano era “culpa do PT”, Bolsonaro usou um atalho : o assassinato do ex-prefeito de Santo André, Celso Daniel, como queima de arquivo.
Há anos que, nas redes sociais, circulam boatos sobre o interesse de Lula na morte de Daniel. Celso era do PT.
O ministro da Justiça, Sérgio Moro, também insinua que a execução do miliciano era “culpa do PT”.
Neste sábado, as milícias virtuais de Bolsonaro subiram uma montagem com imagens e uma frase: “ele nunca reagiu”. Nas fotos, a cusparada de Jean Willys, a facada recebida na disputa presidencial, alguém jogando um ovo e purpurina.
Discurso de vitimização do ‘mito’, uma das estratégias do fascismo na defesa de seus líderes.
Para se vitimizar, voltou a dar banana aos repórteres, forma de instigar sua militância, movimentar as redes sociais e não responder perguntas.
Porque, para Bolsonaro, imprensa boa é aquela que corteja o Duce.