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Palavra de Bolsonaro a policiais sobre Previdência vale nota de R$ 3

Pesquisa Ibope de 27 de junho mostra que Jair Bolsonaro é reprovado por 32% dos entrevistados.

Antes, este percentual era de 27%.

Popularidade do presidente significa mais – ou menos- capacidade de articulação política para aprovar projetos de interesse do Executivo.

Além de confiança do mercado, um ser imaterial mas reúne os empresários e, principalmente, a Fiesp, a Federação das Indústrias de São Paulo, um dos motores da economia brasileira.

Um dos sintomas da queda da popularidade do presidente é o “banho de povo”, um conhecido jargão da política.

Banho de povo é quando o presidente aparece em eventos públicos, onde será testada a sua recepção.

No dia 3, o estádio do Mineirão estava lotado. 50 mil pessoas. Semifinal Brasil e Argentina. Ao tentar desfilar em campo, Bolsonaro foi vaiado.

O PIB brasileiro acumula 18 previsões de redução. A mais recente foi divulgada pelo Banco Mundial, no mês passado: 1,5%.

A CNI, que encomendou a pesquisa Ibope sobre a popularidade de Bolsonaro, divulgou que o medo do desemprego entre os brasileiros é cada vez maior. E se mistura à frustração daquilo que vem sendo anunciado pelo Governo.

Medo do desemprego, queda no consumo das famílias. Quem não tem dinheiro no bolso, vai vaiar Bolsonaro mais vezes.

E isso atinge a popularidade dele.

Um dia antes da Comissão Especial da Reforma da Previdência aprovar o parecer do relator Samuel Moreira, do PSDB de São Paulo, Bolsonaro fez um apelo em defesa de regras diferenciadas para os policiais.

Não é um pedido qualquer. E sim o do presidente da República.

Com a popularidade em baixa, os deputados fizeram ouvido de mercador a Bolsonaro. E os policiais, menos os PMs e os Bombeiros, continuam na reforma.

Reforma que não vai poupar os professores. Eles vão morrer de trabalhar, doentes e sem voz na rede pública. Bolsonaro odeia os professores e nunca escondeu isso.

A nova Previdência segue para o plenário da Câmara e o mais provável é que seja aprovada. Com ou sem pressão dos policiais.

E estará em jogo a popularidade do presidente da República, que assumiu o mandato há seis meses mas que parecem muitos anos com desgastes e sacrifícios de milhares de brasileiros.

Até quando?

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