Padilha: Protesto contra cubanos foi 'truculento' e 'xenofóbico'

Após serem hostilizados com gritos de “escravos” e “incompetentes”, na última segunda-feira, 26, o grupo de 96 médicos estrangeiros inscritos no programa Mais Médicos, do Governo Federal, foi citado pelo Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, nesta terça-feira, 27. O protesto organizado pelo Sindicato dos Médicos do Ceará (Simec) em frente à Escola de Saúde Pública, quando eles participavam de uma solenidade de acolhimento, foi classificado como truculento e xenofóbico pelo ministro. “Tem muita truculência, muita incitação ao preconceito e à xenofobia. Lamento veementemente a postura de alguns profissionais”, destacou.

O presidente do Simec, José Maria Pontes, no entanto, saiu em defesa de médicos cearenses. Para o presidente, as vaias e os xingamentos foram direcionadas exclusivamente ao secretário Odorico Monteiro, que representava o Ministério da Saúde, e não aos “colegas cubanos”. O protesto, segundo ele, foi distorcido pela imprensa.

De acordo com o secretário de Estratégia e Participação do Ministério da Saúde, Odorico Monteiro, o que foi presenciado “foi um ato de truculência, violência, xenofobia, racismo e preconceito”. Monteiro disse ainda que foi agredido com murros, empurrões e foi acertado com um ovo.

Os profissionais estrangeiros deverão fazer um curso, com duração de três semanas, para receber orientações acerca da língua portuguesa, saúde pública, estratégias de atenção primária e código de ética médica.

Fonte: O Povo

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