Foi o próprio Ministério Público quem avacalhou, ao longo dos anos, o sentido da formação de uma lista tríplice para a escolha dos seus chefes.
A essência da ideia era interessante: os fiscais da lei escolheriam seus candidatos, formando uma lista com os nomes mais votados, entregando a escolha a governadores e Presidente da República.
Augusto Aras, chefe da PGR, conseguiu se sair pior na missão que o afamado Geraldo Brindeiro, o engavetador Geral da República.
Internamente, os atos que beiravam o despotismo foram se acumulando em inúmeros silêncios. Aras atuou como um imperador da Idade Média, Como aliás vimos os fiscais da lei omissos na era Jair Bolsonaro.
Nenhum movimento interno surgiu para restabelecer a dignidade do sentido democrático na instituição.
A bolha de fel estourou e se espalhou pelos gabinetes.
Lula disse na noite desta quinta-feira que não pensa mais em indicar o mais votado na lista tríplice para a chefia da PGR.
Está correto. A Procuradoria perdeu a sua chance de usar um ótimo instrumento democrático para melhorar as instituições.
Não adianta chorar e ranger os dentes.