O novo prédio do Ministério Público Federal, localizado no bairro de Barro Duro, acumula problemas em sua estrutura.
A água, por exemplo, brota do chão de alguns andares do “prédio azul” do Barro Duro. Três elevadores estão quebrados- há dias em que nenhum deles funciona.
O sistema de segurança do MPF- que acumula importantes investigações em Alagoas, como desvios na merenda escolar- não funciona e oferece risco aos procuradores da República.
Além disso, as salas são escuras por falta de lâmpadas. Também estão sem luz os corredores. Um único andar tem iluminação sem problemas: o oitavo. E nem os banheiros são poupados: eles estão fechados. Há banheiros nos coredores escuros- um por andar.
A transferência do prédio do MPF do bairro da Gruta de Lourdes- que antes era uma das mansões do usineiro João Lyra- para o prédio do Barro Duro deveria acontecer no próximo ano, mas acabou antecipada. A transferência prejudica o trabalho dos procuradores e servidores. Faltam cadeiras para sentar, em algumas salas o piso se desprende. Quem tem alergia à poeira sofre com o local.
O Corpo de Bombeiros fez uma perícia no prédio há três semanas atrás. O laudo ainda não é público.
O prédio custou R$ 25 milhões e deveria dar mais conforto e agilidade a funcionários na hora de investigações delicadas. As ações na área da Educação, por exemplo, são levadas adiante pelo MPF alagoano. Mas, não apenas ela. Graças ao MPF e aos investigadores da Polícia Federal, foi descoberto o maior escândalo de corrupção da história de Alagoas, na Assembleia Legislativa, além do Tribunal de Contas.