Na frente bolsonarista constituída pelo prefeito JHC, a ex-deputada Jó Pereira assume a Educação municipal. Ela balançava algumas bandeiras da esquerda na Assembleia Legislativa.
Mas é o dia a dia que vai mostrar como funciona a gestora Jó Pereira.
A educação é uma área massacrada. O secretário e seus gestores são comparados a senhores de engenho que, do alto de suas casas grandes, dão ordens a diretores e professores no estilo “tirar leite de pedra”.
Salas de aula são um campo cheio de mato que precisa ser ‘dominado’. E salas superlotadas comparadas a fardos, que devem ser levadas nas costas com professores contentes e saltitantes.
Não raro e simbolicamente as escolas municipais têm pelourinhos instalados, não no centro do pátio, mas na ideia fixa de que os profissionais da base precisam dar o sangue em nome desse ‘amor’ infinito pela educação que chega a doer.
A Semed não se envergonha das centenas de professores afastados por doenças relacionadas ao trabalho. Porque a sua estrutura verticalizada permite isso. Não leva em conta que nas escolas existem seres humanos esticados como uma corda, tratados como preguiçosos como os barões reclamavam de seus escravos que não trabalhavam até colapsarem nos canaviais.
Doenças como depressão síndrome do pânico, ansiedade, perda de voz, câncer são tratadas nos corredores da secretaria como fraquezas de quem deseja ‘fugir’ da sala de aula.
Se Jó Pereira fizer uma gestão verdadeiramente cheia de diálogo e próxima das escolas, já terá colocado a Semed no século 21.
Do contrário, veremos que carregava bandeiras da esquerda por oportunismo e más intenções.
Veremos.
