Operações policiais e a reação do tráfico queimando três ônibus na capital alagoana- dois somente ontem- eram tragédias anunciadas. O quê assusta é a posição do Governo Federal, que neste sábado chega a Alagoas- representado pela secretária Nacional de Segurança Pública, Regina Miki- para falar dos três anos do plano Brasil Mais Seguro.
Se fosse aplicado em 2012, o plano poderia acumular algumas vitórias expressivas: a modernização da Perícia Oficial; um novo Instituto Médico Legal (lembrando que o atual funciona no improviso há 80 anos); contratação de novos policiais (quem sabe o chamado da reserva técnica da PM). E presídios funcionando como presídios, não senzalas.
Os três anos do Brasil Mais Seguro foram queimados nos ônibus. Em junho de 2012, quando foi lançado sob pompa e circunstância, há era fadado ao fracasso. Um plano sem ligação com o contexto local, sem discussão com entidades como a OAB ou sindicatos.
Apenas um plano policialesco, como é hoje, sem que exista a participação direta das secretarias de Esportes, Cultura, Educação, Assistência Social, Trabalho e Renda.
Um plano planejado para não funcionar. Assim é o Brasil Mais Seguro.
Ônibus queimados são as suas velas de aniversário.