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Olá, para você que respeita uma mulher com câncer

Sim, são vocês que se mantém humanos neste país quem consegue salvar nosso rosto da vergonha imensa que o desrespeito dos fascistas está causando ao Brasil diante dos olhos do mundo.

Também ficamos mais entristecid@s por saber que entre estas pessoas que tiveram a baixeza de fazer comentários atrozes sobre a mãe do jornalista Glenn Greenwald, que enfrenta estágio avançado de um câncer, estão mulheres.

Mulheres com a mesma morfologia de Arlene, mas embebidas no fascismo que destrói consciência, solidariedade, respeito e humanidade, atiçam junto a homens que não possuem nenhum tipo de sensibilidade e ética, uma senhora que mora em outro país e no presente momento vive estágios de debilidade física decorrentes da enfermidade.

A implicância de Bolsonaro com o “politicamente correto” serviu bem aos sociopatas que o elegeram, que defendem a corrupção de Moro e Dallagnol e não toleram o profissionalismo histórico do jornalista Glenn; mas nossa persistência ativa frente a estes comportamentos eivados de baixeza também possuem papel político e relevância neste momento de queda civilizatória que nosso país vivencia.

Por essa razão, precisamos nos conhecer melhor, fortalecer as vozes que defendem a ética, democracia, liberdade, justiça, direitos humanos e os princípios de civilidade que permitem o convívio societário salutar.

Vamos conhecer a resposta da mãe de Glenn aos que nos envergonham mas não nos representam no lado fascista do Brasil:

Após ataques através de mídia social, Arlene Ehrlich Greenwald, mãe de Glenn, escreve:

“Estou escrevendo mais uma vez para aqueles de vocês que acham que têm o direito de saber sobre meus problemas de saúde particulares. Sim, eu tenho câncer no estágio 4. Pergunte a si mesmo se alguém mentiria sobre ter câncer.

Meu médico escreveu uma carta ao Consulado dos EUA no Brasil sobre minha doença. Os detalhes são entre, Ele, eu e minha família. Eu não devo uma explicação a nenhum de vocês que exigem uma resposta

Eu gostaria de poder dizer que estou chocada que há tanta indecência humana que as pessoas estão dispostas a usar minha doença contra meu filho, mas eu vivi o suficiente para saber que algumas pessoas são capazes dos atos mais horríveis. Na verdade, nada me choca mais sobre as profundezas que alguns estão dispostos a afundar.

Eu visitei o seu belo país e sei que muitos de vocês são pessoas boas. Sempre tive muito orgulho de meus dois filhos e tentei ensiná-los a ter coragem de fazer o que acham certo. Nada me fez mais orgulhosa do que observar a bravura de Glenn nos últimos anos.

A julgar por algumas dessas mensagens postadas na minha página no Facebook, há algumas doenças e ódios reais no Brasil. Que tipo de pessoa atacaria a mãe de alguém como uma arma política?

Há também muitos posts que me desejam bem e agradeço a todos que os escreveram.

Espero e creio pelo bem do meu filho, do seu marido David, que eu amo e dos meus novos netos, que esse tipo de ódio horrível seja rejeitado pelo que eu sei que é uma maioria de bons brasileiros.

Eu só desejo a todos vocês paz e felicidade.”

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