Uma das marcas na colonização do Brasil é o patrimonialismo. É sinônimo de distinção usar aparelhagem do Estado em benefício próprio, de parentes, amigos, agregados etc.
É uma raiz tão profunda que as instituições normalizaram aquilo que deveria ser extinto.
Indicado pelo Centrão, o ministro Juscelino dos Cavalos terá de se explicar ao presidente Lula sobre o uso do avião da FAB em uma agenda particular.
Ele ainda terá de arrumar argumentos. E Arthur Lira, que pulou o Carnaval em Salvador, tirou fotos da folia e foi convencido pelas instituições oficiais de que não precisa dar explicações sobre o uso de avião bancado com dinheiro público para uma agenda individual?
Senhoras e senhores esse é o patrimonialismo em seu estado mais puro. Nem precisa o disfarce. Aliás, nunca precisou.