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O preço de ser pacífico

Porque o paraíso que nos ensinaram a visualizar traz a marca da falsa paz, estamos cada vez mais escondido em nossos ninhos, para não desagradar…ao poder!

Sim, é isso o que estamos fazendo, olhando as turbulências do mundo ao longe, pela tela da tv ou pela timeline, a técnica da fuga pela ideia ultrapassada de fineza.

Alagoas tem enganado a si mesma. Pois os dissabores sociais que experimentamos, jamais foram obras dos analfabetos que votaram mal; mas dos letrados, que os têm enganado ao longo dos séculos, dirigindo suas convicções sobre uma cartilha de valores que submete a dignidade humana ao exercício do eterno perdão…ao poder.

As castas que decidem quem vai comer e quem vai permanecer com fome, são as mais beneficiadas pela nossa subserviência maquiada de atitude pacífica.

A dor machuca e a gente aguenta! Quem pisa em nossos calos até sangrar, quem mata os nossos pais e os nossos filhos sem piedade, são os déspotas que estamos sempre a perdoar.

Sim, essa extrema submissão não vai parir cidadania, apenas essa capa que esconde os pútridos feitos das elites voluntariosas que estão à frente de todas as instituições alagoanas, são beneficiadas com a angelical ilusão de povo ordeiro que nos incutiram, em benefício exclusivo do poder.

Outro caminho não há: reação, gerando ações educativas e libertadoras!

Cair na armadilha da criminalidade é o extremo de uma reação inflamada e autodestrutiva, quanto destruidora; também utilizada e conduzida em acordo com os interesses do poder.

Ser pacífico é dizer não ao crime e sim à vida, mesmo que isso nos custe o desagrado do compadre e da comadre. Mesmo que represente a nossa ausência nos festins desvairados da autolambança, da troca de medalhas, do discutível reconhecimento das premiações…

Oh vida, que te quero acima de tudo! Ensina-me a amar a ti, apenas. Desprezando, por vezes, os vínculos antigos que prenderam os umbigos dos meus ancestrais ao alpendre do poder. Libertar. Essa é a meta.

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