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O desumano silêncio dos bons

Desumanizar, por certo, não é a melhor forma de resolver conflitos e superar obstáculos, principalmente, em sociedade.

Politizar será mais promissor!

Por essa razão, tanto empenho por parte dos privilegiados, para emperrar os acessos mínimos necessários a um princípio de politização do cidadão.

A destruição da autoimagem cidadã encontramos em todos os espaços, públicos e privados. Questionar uma arbitrariedade ou reclamar um direito, não é façanha comum.

Como alcançar esse estágio primário sem ao menos saber que portamos direitos civis? Onde alcançar a educação que nos integraliza como sujeitos de direitos, deveres e conquistas porvindouras?

Os partidos estão deslizando suavemente nas brumas da inconsistência política do nosso voto. A maioria de nós ainda não sabe a finalidade cidadã do sufrágio universal. A sabedoria foi conspurcada pela miséria social e moral, e o eleitor aprendeu a negociá-lo na esquina, nas mesas de bar.

Quantas vezes não troca o voto por um exame de saúde que o SUS faz?

Volto a afirmar, desumanizar nosso olhar societário, não é solução real! Se matassem de uma só vez todos aqueles que chamamos de bandidos e drogaditos em nossas periferias, os problemas não seriam resolvidos.

Pois que a causa persistiria. Fincada nos gabinetes, assentada nas cadeiras de veludo, agarrada aos microfones oficiais.

A desumanização opinativa que as instituições públicas e privadas, intencionalmente alimentam, nos violentam o ser. Nos desfiguram.

E será natural, nós, que somos povo, comemorarmos a torrente de homicídios que nos envergonha a alcunha de civilização, dizendo que todos são bandidos?

Ecoa por aqui o culposo “silêncio dos bons”.

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