O ano em que o Oscar sorriu para os franceses

Nenhum filme francês recebeu tantas indicações nem jamais concorreu a uma estatueta de melhor filme desde a criação do Oscar, como O Artista

AFP

Independentemente do destino de “O Artista” em Hollywood, as 10 indicações do filme mudo de Michel Hazanavicius ao Oscar, e a da animação “Uma vida de gato”, fazem de 2012 um ano excepcional para o cinema francês.

Nenhum filme francês recebeu tantas indicações nem jamais concorreu a uma estatueta de melhor filme desde a criação do Oscar.

Na história recente, os filmes franceses que receberam mais de uma indicação são raros: “Camille Claudel”, indicado duas vezes em 1990, “Cyrano de Bergerac” (5 vezes em 1991), “Indochina” (2 vezes em 1993), “O fabuloso destino de Amélie Poulain (5 vezes em 2001) e “A voz do coração” (2 vezes em 2005).

Uma vitória de Jean Dujardin na categoria de melhor ator também será inédita, já que nenhum ator francês recebeu a preciosa estatueta por um papel principal. E apenas três mulheres ganharam: Claudette Colbert, Simone Signoret e Marion Cotillard.

Charles Boyer, Maurice Chevalier e Gérard Depardieu receberam indicações para o prêmio de melhor ator sete vezes no total, mas não levaram. Os dois primeiros, pelo menos, receberam o Oscar honorário.

Se a franco-argentina Berenice Bejo ganhar na categoria de papel coadjuvante feminino, vai se juntar a Juliette Binoche, distinguida em 1997 por “O paciente inglês”.

Quanto a Michel Hazanavicius, se ganhar o Oscar de melhor diretor, será o segundo francês a receber esta honraria após o franco-polonês Roman Polanski, recompensado em 2003 por “O pianista”. E caso leve o prêmio de melhor roteiro, vai se juntar aos ilustres Claude Lelouch (“Um homem e uma mulher”) e o franco-grego Costa-Gavras (“Missing-Desaparecido”).

“O artista” ainda concorre pelos prêmios de trilha sonora, direção de arte, fotografia, figurino e edição, categorias em que a França já se destacou.

Quanto a Michel Hazanavicius, se ganhar o Oscar de melhor diretor, será o segundo francês a receber esta honraria após o franco-polonês Roman Polanski, recompensado em 2003 por “O pianista”. E caso leve o prêmio de melhor roteiro, vai se juntar aos ilustres Claude Lelouch (“Um homem e uma mulher”) e o franco-grego Costa-Gavras (“Missing-Desaparecido”).

“O artista” ainda concorre pelos prêmios de trilha sonora, direção de arte, fotografia, figurino e edição, categorias em que a França já se destacou.

A música, particularmente, sempre sorriu para os franceses. Se Ludovic Bource, que assinou a trilha sonora do “O artista”, sair com a estatueta, irá aumentar a lista dos premiados que já conta com Michel Legrand (3 Oscars), Maurice Jarre (3), Francis Lai (1) e Georges Delerue (1).

Além do filme “O artista”, o cinema francês será representado neste ano pela animação “Uma vida de gato”, de Jean-Loup Felicioli e Alain Gagnol.

Mesmo com uma competição feroz (enfrentará “Rango”, “O gato de botas” e “Kung Fu Panda 2”), a presença do filme demonstra mais uma vez a vitalidade da animação francesa, após a nomeação de “Persépolis” em 2008 e “O Ilusionista”, em 2011, e com o prêmio de curta-metragem “Logorama”, em 2010.

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