Repórter Nordeste

O agronegócio, exceção

organicos02031

José Jair Barbosa Pimentel- Dicas de economia para o dia a dia do consumidor

Se não fosse esse “carro-chefe” da balança comercial brasileira, a situação estaria bem pior.

Ele emprega milhares de brasileiros, gera impostos e leva nossos produtos para o mundo afora, via marítima e aérea.

Soja, açúcar, café, garantem a primazia de campeão mundial em exportação.

Melhor ainda: a agricultura familiar, através de pequenos produtos rurais que arredam terras para cultivar e ainda os assentados da reforma agrária, com um benefício maior: toda produção é plantada sem agrotóxico, utilizando só a fertilidade da terra ou o adubo orgânico.

Aqui onde passo quatro dias por semana, voltado para a cultura através dos livros, das aulas que ministro e da pesquisa, vejo a roça florescendo, já em preparativos para a colheita do feijão, milho, inhame, batata e macaxeira.

É o prenúncio de dias melhores para a comunidade, que planta, colhe, consome e vende.

Vejo daqui da biblioteca, os roçados com trabalhadores dando tudo de sí para manter suas famílias alimentadas, vestidas, se dando bem na escola, lendo livros que empresto, assistindo minhas aulas aos sábados, se preparando para o futuro como cidadãos intelectualizados, o que eles e seus antepassados nunca usufruíram.

É a esperança do Brasil fértil, onde tudo que se planta germina.

Semeando
Os pequenos agricultores recebem a semente de graça, através de sua associação, que consegue do governo (Secretaria de Agricultura), conseguem ainda empréstimos com juros baixos e carência, via Banco do Nordeste, usam suas habilidades no plantio e colheita e tem a garantia de venda do que comprou.

Estão felizes e agradecem a São José que presenteou com a chuva no período certo.

Retornando
Essa ascensão da agricultura familiar, vem fazendo com que o êxodo rural diminua consideravelmente.

Mas o principal mesmo foi mandado do céu: a chuva para preparar a terra, plantar, colher e comercializar. Muitos que migraram para outros Estados, estão voltando, com a esperança de nunca mais repetir essa aventura.

Nas feiras
Já se pode comprar inhame, batata e macaxeira nas feiras livres de Alagoas, por R$ 3,00, o quilo, que até poucos meses, chegou a custar R$ 10,00. O mesmo vai ocorrer logo com o feijão.

Aqui e em qualquer outro parte do planeta, os preços são ditados pelo mercado, tomando como base a questão climática: seca ou chuva.

Sair da versão mobile