Número de vítimas fatais na Operação Escudo no Guarujá aumentou para 12

O número de vítimas fatais durante a Operação Escudo, no Guarujá, litoral paulista, aumentou para 12 nesta terça-feira (1º). O caso tem sido alvo de críticas e denúncias de violência policial. A Secretaria da Segurança Pública afirmou que as vítimas morreram após confronto com as forças de segurança desde o início da operação. Apesar das críticas, a operação continua em curso e o governador de São Paulo, Tarcísio Freitas, negou qualquer excesso por parte da polícia.

A Operação Escudo foi iniciada após o assassinato do policial Patrick Bastos Reis, soldado das Rondas Ostensivas Tobias Aguiar (Rota). Um homem suspeito do crime foi preso no mesmo dia. O objetivo oficial da operação é combater o narcotráfico e até o momento 32 pessoas foram presas. No entanto, várias entidades têm levantado dúvidas sobre a atuação das forças de segurança, acusando abusos de autoridade.

Uma comissão formada pela Ouvidoria das Polícias do Estado de São Paulo, pela Comissão de Direitos Humanos da OAB e pelo Condepe foi ao Guarujá para investigar possíveis excessos cometidos pelos policiais. O grupo pretende ouvir familiares das vítimas e outras pessoas que possam ter sido vítimas de arbitrariedades. De acordo com o ouvidor da Polícia, Claudio Silva, relatos de brutalidade policial relacionados à Operação Escudo têm sido frequentes. A região da Baixada Santista já sofre há algum tempo com a truculência dos agentes da polícia.

Ontem, o Ministério Público de São Paulo designou três promotores para investigar a atuação da Polícia Militar durante a operação. Os nomes foram indicados pelo procurador-geral de Justiça, Mario Sarrubbo.

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