O Globo
Sete pessoas morreram de dengue este ano no estado, sendo que seis delas na capital (onde até semana passada haviam sido registrados apenas dois casos). Segundo boletim divulgado na terça-feira pela Secretaria estadual de Saúde, a outra morte ocorreu em Niterói. No mesmo período do ano passado, foram registrados 17 óbitos. No entanto, o número de mortes no estado pode ser ainda maior. A Fundação Municipal de Saúde (FMS) de Niterói, órgão correspondente à Secretaria de Saúde, confirmou que mais uma pessoa morreu em consequência da doença e que um outro óbito está sob investigação.
Das sete mortes registradas oficialmente, uma ocorreu em fevereiro e seis em março. De 1 de janeiro até 31 de março, foram notificados 38.527 casos de dengue no estado. Na capital, foram 27.859 — 6.554 a mais que o divulgado pela Secretaria municipal de Saúde na semana passada. O número de notificações no município é maior que no mesmo período de 2011: são 5.772 a mais.
Na capital, o vírus 4 — que começou a circular no estado em meados do ano passado — é predominante. A identificação viral, feita pela Secretaria municipal de Saúde por amostragem, revelou que o sorotipo é responsável por 79,5% dos casos. Em segundo está o vírus 1, com 19,9%.
Secretaria não informa bairros de três vítimas
A primeira vítima a morrer de dengue este ano foi um menino de 9 anos, de Campo Grande. A segunda foi uma mulher de 49 anos, do Méier. Edson Couto, de 71 anos, foi outra vítima: ele morreu em 13 de março na Casa de Saúde Santa Terezinha, na Tijuca.
Na terça-feira, a Secretaria municipal de Saúde não divulgou o bairro em que moravam as outras três pessoas que morreram de dengue na capital, nem a idade delas. Revelou apenas que são três mulheres e que viviam em algum bairro das Áreas de Planejamento (APs): 3.3, 5.1 e 3.1. Uma dessas APs, por exemplo, a 3.3, tem mais de 30 bairros, incluindo Madureira, Irajá e Rocha Miranda. Ela também é a região da cidade com maior número de casos (7.156), seguida da AP 5.2 (5.447 registros), que compreende bairros como Campo Grande e Padre Miguel, e da AP 5.1 (4.175), que inclui bairros como Bangu e Realengo.
Em Niterói, o aumento do número de casos fez a Fundação Municipal de Saúde começar a treinar profissionais da área. Na cidade, foram 1.079 notificações desde o início do ano. Ocorreram dois óbitos: de uma mulher de 60 anos, moradora da localidade de Cantagalo, em Pendotiba, e de um homem de 67 anos, do Barreto. O terceiro caso, ainda sob investigação, é de um jovem de 17 anos, que morreu na Casa de Saúde Santa Marta, em Santa Rosa.