Ao adiar a substituição dos personagens na Secretaria Estadual de Saúde, o Governo torna comum, vulgar, a crise em uma das pontas mais próximas das ruas, via Sesau: o Samu.
Os profissionais do Samu e os professores são os representantes do Estado onde o Estado perdeu sua representação.
Desde o ano passado, este blog mostra ao leitor imagens de ambulâncias quebradas, atendimentos precários, remendos nos carros, dinheiro não aplicado…
O assunto virou manjado. O leitor pouco se interessa; o Ministério Público promete algo para o dia 30 de fevereiro; os deputados concentram-se no aumento dos parcos vencimentos.
Mudemos, então.
Vamos embarcar na magia, um mundo sem egoísmos. Onde existe apenas a homenagem.
Algumas ambulâncias circulam na noite desta segunda-feira (23) em Maceió.
Um viva! Viva!
São lindas figuras estas que mandam no Samu, aquelas que estão chocando o pássaro do brilhantismo.
Quanta caridade!
Assinam-se alguns papeis… e … R$ 13 milhões gastos por ano com veículos que o leitor cansou de saber como estão. Daquele jeito. É, isso mesmo. Isso, isso.
O resto são aqueles discursozinhos de agradecimento, gozo do tempo como queiram, uma palavra sobre a transparência, um silêncio sobre quem morre trabalhando e um reinado inteiro a cumprir.
Tanta coisa, tanta coisa a falar.
Poupo ao leitor os tantos adjetivos guardados para oferecer a quem manda no Samu.
Mágicos mandatários, gente de alma honrada, com uma vela acesa a Deus e ao Diabo.
