No lançamento de Aécio-presidente, gestantes parem no chão de maior maternidade pública em Alagoas

Aecio

Enquanto os tucanos exaltavam as qualidades das suas administrações- ao lado do senador-presidenciável Aécio Neves (PSDB/MG)- em Maceió, a Maternidade Santa Mônica, única no Estado a atender gestantes de alto risco, enfrentava superlotação e gestantes parindo nos corredores da unidade.

No Centro de Convenções Ruth Cardoso, o clima era de festa: Aécio Neves, pessoalmente, veio a Alagoas lançar, no Nordeste, seu nome à Presidência da República. O anfitrião era o governador Teotonio Vilela Filho (PSDB)

Sem citar o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e assumindo as privatizações da era FHC, ele prometeu que, se ganhar a Presidência da República, dará prioridade às obras inacabadas- citando as duas maiores do Nordeste: a Transposição do rio São Francisco e a Transnordestina.

– O Brasil não será mais um cemitério de obras inacabadas, disse.

Depois, criticou o PT- sem citar a presidente:

– Esse ciclo do PT tem que acabar em benefício não do PSDB ou de outro partido, mas da decência da vida pública. Chega de engodo, chega de enrolação, disse o mineiro.

Nos discursos, Aécio citou um tucano histórico, Mário Covas, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin e o de Alagoas, Teotonio Vilela Filho (PSDB). O ex-governador paulista, José Serra, e o ex-presidente FHC não foram lembrados:

– Estamos preparados para qualquer debate. Na economia, somos responsáveis pela estabilidade econômica. Somos nós que privatizaos setores da economia, mas com responsabilidade.

Na coletiva, Aécio citou o governador de Pernambuco, também presidenciável, Eduardo Campos:

– Sempre tive uma boa relação com Eduardo Campos. Um nome importante. Não tenho dúvidas que temos a concepção de que o clico do governo do PT está encerrando.

Aécio Neves esteve em Salvador na sexta-feira (20). Na manhã do sábado (21), foi a principal estrela de encontro dos tucanos no Centro de Convenções Ruth Cardoso, em Maceió. O mais duro nos discursos foi o ex-senador Tasso Jereissati:

– Esse Governo não tem a menor vergonha de usar recursos públicos para esmagar adversários. O Cássio Cunha Lima [ex-governador da Paraíba] foi vítima deste Governo despudorado. Um Governo que é dirigido não pelo ministro da Fazenda ou outras áreas mais sim pelo agente de propaganda, quem toma decisão é o agente de publicidade, disse o ex-senador, citando Dilma uma única vez e arremantando:

– Funciona assim [neste Governo]: Podem roubar à vontade e contem comigo.

Sobre o cancelamento da visita de Estado da presidente aos Estados Unidos, resumiu:

– É algo grave, uma decisão tomada sem o Itamaraty, tomada pelo marqueteiro, declarando uma guerra boba, um mal estar bobo.

Moderados nos discursos e evitando o tom de oposição, o prefeito de Maceió, Rui Palmeira e o governador Teotonio Vilela Filho preferiram elogiar Aécio, citando Mário Covas e FHC. Nada de José Serra.

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