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No 2º dia da presença de secretário, maior hospital público de AL registra superlotação


No 2º dia da mudança de gabinete do secretário Estadual de Saúde, Christian Teixeira, para o maior hospital público de Alagoas, o HGE, há registro de superlotação nos corredores. Fotos de uma internauta mostram filas de macas e cadeiras de rodas, alguns sendo atendidos fora dos ambulatórios.

A Secretaria Estadual de Saúde e a direção do HGE confirmaram a superlotação. Disseram buscar alternativas a curto prazo para resolver o problema (ver resposta mais abaixo).

Vídeo mostra condições de atendimento no HGE:

Uma das vítimas da longa demanda do hospital é Lourival José da Costa de 72 anos, que deu entrada no HGE por volta de meia noite e meia desta sexta-feira (4) e mais de 12 horas depois, apesar de atendido, ainda está à espera para saber do próprio estado de saúde.

Segundo a família, ele chegou em uma ambulância, transferido do Hospital de Campo Alegre. Recebeu soro, foi medicado mas o paciente não foi liberado.

Para contornar a crise no maior hospital público, o secretário- com aval do governador Renan Filho (PMDB)- mudou o gabinete para dentro do HGE na quarta-feira, 2 de agosto.

Questionada, a assessoria do secretário informou: “A superlotação acontece porque o HGE é porta aberta e não podemos controlar o número de pacientes que dão entrada. Cabe a nós atendermos a todos.Estamos contratualizando leitos em hospitais filantrópicos e construindo os Hospitais da Mulher, Metropolitano e Regional do Norte”.

Em resposta ao blog, a assessoria da direção geral do hospital mandou a seguinte nota:

“NOTA DE ESCLARECIMENTO GRANDE FLUXO DE PACIENTES NO HGE

A Gerência do Hospital Geral do Estado (HGE) informa que a unidade é referência no atendimento de urgência e emergência e, por ser porta aberta, recebe demanda espontânea de pessoas que sofreram queimaduras, doenças coronarianas e vasculares, vítimas de Acidente Vascular Cerebral (AVC), traumas, ortopedia e pediatria. Por esta razão, em alguns momentos o número de pacientes atendidos ultrapassa o número de leitos existentes, mesmo quando a maioria dessa demanda deveria ser atendida pela Atenção Básica.

Salienta, ainda, que para reduzir o grande fluxo de pacientes no HGE, está contratualizando mais leitos de retaguarda, visando aumentar a transferência de internos para hospitais que mantenham convênio com o SUS. Também como medida para desafogar o HGE, um projeto de reforma e expansão da unidade está em andamento e o Governo de Alagoas está investindo na construção de três novas unidades: Hospital Regional do Norte, em Porto Calvo, cuja ordem de serviço foi assinada no dia 18 de julho; Hospital da Mulher, cujas obras estão em ritmo acelerado; e Hospital Metropolitano, cuja construção também já foi iniciada”.

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